G20 na FGV: Presidente da África do Sul cita desafios da transição para energias renováveis no país
O painel “Aproveitando o potencial das renováveis: o caminho para Johanesburgo” , realizado durante o Global Citizen NOW: Rio de Janeiro, discutiu as resoluções do acordo de impulsionamento de energias renováveis, firmado na COP28.

Atualmente, cerca de 1,3 bilhão de pessoas vivem no continente africano, metade delas – 600 milhões – sem acesso a eletricidade. A África tem a população mais crescente do mundo, e uma grande proporção de pessoas em situação extrema pobreza. Existe a necessidade de investimento, que é vital para o Desenvolvimento econômico.
O painel “Aproveitando o potencial das renováveis: o caminho para Johanesburgo”, realizado durante o Global Citizen NOW: Rio de Janeiro, discutiu as resoluções do acordo de impulsionamento de energias renováveis, firmado na COP28. O texto prevê que os países devem "trabalhar juntos" para aumentar as capacidades renováveis globais (energia eólica, solar, hidroelétrica, entre outras) até os 11.000 gigawatts (GW), em comparação com os cerca de 3.400 GW atuais.
A Presidente da Comissão Europeia, Ursula Von Der Leyen, afirma que o projeto está em andamento e é economicamente bem-visto por não ser algo de alto custo: “Quando tivemos na COP28, em Dubai, discutimos como aumentar o número de energias renováveis globais, triplicando até 2030. Essa é a nossa meta. Isso seria um grande passo para a área. No setor de negócios, é importante apresentar metas, e estamos no caminho.”

Cyril Ramaphosa, presidente da República da África do Sul, opina que é a energia que impulsiona o crescimento e a economia da sociedade: “Essa decisão de triplicar o número de energias renováveis, mesmo começando do zero, é uma ótima oportunidade para que as pessoas consigam consumir uma energia limpa e mais barata. Tudo isso requer financiamento, decisões claras de líderes globais, e que bom que a COP28 tomou essa decisão. Gostaríamos muito de ver essa medida com ações conjuntas, tendo uma economia mais desenvolvida na África para que possamos seguir com nossos compromissos.”
O debate completo está disponível no vídeo a seguir:
Crédito Imagens: Getty Images
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