Economia

Dia das mães: Consumidores pretendem gastar menos com presentes, aponta FGV IBRE

Em relação à disposição de desembolsar com o presente para as mães, o indicador vem mostrando melhora desde 2006, mas insuficiente para atingir a média histórica.

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Dia das mães: Consumidores pretendem gastar menos com presentes, aponta FGV IBRE

 

Este ano o preço médio com os presentes para o Dia das Mães deve ser menor que em 2018. É o que mostra pesquisa especial da Sondagem do Consumidor, do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV IBRE), com 1.737 brasileiros, feita entre 2 e 20 de abril. Famílias entrevistadas das quatro faixas de renda analisadas vão desembolsar menos. A média nacional caiu de R$ 67,10, no ano passado, para R$ 65,00, em 2019. A maior queda foi verificada entre as famílias que ganham de R$ 4.800 a R$ 9.600 reais: de R$ 74,10 para R$ 71,10.

O estudo identifica ainda o ímpeto do brasileiro em gastar na ocasião e os presentes que estão no topo da lista dos filhos. Em relação à disposição de desembolsar com o presente para as mães, o indicador vem mostrando melhora desde 2006, mas insuficiente para atingir a média histórica. Ainda assim, consumidores estão 2,2 pontos mais dispostos em gastar em 2019 (de 69,3 ano passado para 71,5 pontos este ano).

Para a coordenadora das Sondagens do FGV IBRE Viviane Seda Bittencourt, os resultados positivos ainda são tímidos. “O levantamento mostra que a recuperação tem sido lenta e que por isso os consumidores voltaram a manter uma postura mais cautelosa. Houve melhora no ímpeto de compra em relação ao ano passado pela migração de respostas de redução para manutenção (houve queda no número de pessoas que declaram que irão gastar menos). Os resultados são considerados ainda baixos em termos históricos, principalmente com uma redução no valor médio gasto”, detalhou a economista.

Mais da metade deve optar por itens de vestuário

O Vestuário está no topo da preferência para o presente de Dia das Mães: do total, 52,3% dos entrevistados responderam que vão comprar roupas. Em segundo vem Perfumaria (10,5%), seguido por Calçados (4,6%) e Artigos para casa (4,6%). As opções se mantiveram praticamente estáveis em relação ao ano passado.

 

Produtos e serviços mais procurados no período subiram em média 3%

Já a inflação de produtos e serviços mais consumidos no Dia das Mães ficou em média 3% mais alta em 2019, porém menor que os 5,19% da inflação do período (de maio de 2018 a abril deste ano), segundo o IPC/FGV. Os serviços aumentaram 3,74%, enquanto a inflação dos presentes ficou em 1,92%.

Dos 27 itens selecionados para o levantamento, apenas sete registram elevação acima da inflação e cinco ficaram no terreno negativo. Dos serviços, os itens que mais puxaram a inflação foram Excursão e Tour (10,41) e Cinemas (5,84). Em contrapartida, Teatro registrou queda (-11,42%).

 

Preços de presentes abaixo da inflação

Já os presentes são a boa notícia. Líderes em preferência, as Roupas femininas tiveram alta de apenas 1,97%. Bijuterias em geral subiram um pouco mais (4,03%), assim como Cintos e Bolsas (6,15%). O item Perfume caiu 0,17%, e produtos eletrônicos como Aparelhos de Som (-1,68%) e Aparelhos de TV (-4,67) também registraram queda.

“Como a economia ainda está se recuperando e em ritmo lento, o comércio está com pouca margem para aumento de preços. As famílias continuam com orçamento bem restrito e sem fôlego para suportar uma elevação nos preços”, avaliou o pesquisador do FGV IBRE Igor Lino, responsável pelo levantamento.

O estudo completo está disponível no site.