Economia

Estudo analisa impactos negativos dos empregos informais no mercado de trabalho brasileiro

João Henrique Reis Menegotto (FGV EPGE) analisa como a informalidade influencia o mercado de trabalho brasileiro e sugere ajustes na taxação para melhor redistribuição de renda

Compartilhe:
Estudo analisa impactos negativos dos empregos informais no mercado de trabalho brasileiro

A dissertação de Mestrado Acadêmico desenvolvida por João Henrique Reis Menegotto, aluno da EPGE Escola Brasileira de Economia e Finanças (FGV EPGE), e orientada pelo professor Carlos E. da Costa analisa os impactos do setor informal na empregabilidade brasileira. O estudo intitulado "Redistributive Taxation and Informality with Labor Market Frictions" oferece uma visão detalhada sobre como a informalidade afeta o mercado de trabalho e propõe um esquema de taxação que busca otimizar a redistribuição de renda considerando essas particularidades.

Entre os principais achados de sua pesquisa, destacam-se:

  • Ônus da Informalidade: A presença do setor informal resulta em um nível mais elevado de desemprego estrutural quando comparado a uma economia formal.
  • Desemprego e Produtividade: Os trabalhadores mais negativamente afetados pela informalidade são aqueles menos produtivos.
  • Transferências: Na presença de informalidade, o ótimo é que haja impostos menos progressivos e menos transferências aos agentes menos produtivos.

O modelo utilizado por Menegotto é calibrado especificamente para a economia brasileira, segmentando o mercado de trabalho por produtividade. Nesse contexto, empresas e trabalhadores negociam salários através da barganha de Nash. A metodologia do estudo envolve a análise da taxação ótima não-linear e suas implicações macroeconômicas, bem como a calibração do modelo para refletir a realidade do mercado de trabalho brasileiro. A pesquisa compara uma economia com um único setor formal àquela que inclui um setor informal, evidenciando as diferenças em termos de desemprego e eficiência econômica.

A pesquisa de Menegotto traz importantes contribuições para a formulação de políticas públicas no Brasil. Seus contrafactuais incluem a implementação de políticas de taxação que considerem a complexidade do mercado de trabalho informal e a promoção da formalização do trabalho como meio de reduzir o desemprego estrutural. Além disso, o estudo oferece insights valiosos sobre como ajustar a taxação e a regulação do setor informal pode melhorar a empregabilidade e a estabilidade econômica.

A dissertação de João Henrique Reis Menegotto contribui para a compreensão das dinâmicas do mercado de trabalho brasileiro e para o desenvolvimento de políticas que possam promover uma economia mais justa e inclusiva.

Para ler a dissertação na integra, clique aqui.

Para saber mais sobre a FGV EPGE, clique aqui.