IGP-M sobe 1,74% em março de 2022
Com este resultado o índice acumula alta de 5,49% no ano e de 14,77% em 12 meses.
O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) subiu 1,74% em março, ante 1,83% no mês anterior. Com este resultado o índice acumula alta de 5,49% no ano e de 14,77% em 12 meses. Em março de 2021, o índice havia subido 2,94% e acumulava alta de 31,10% em 12 meses.
“Nesta apuração, os combustíveis, cujos preços foram reajustados no dia 11/03, começaram a influenciar os resultados da inflação ao produtor e ao consumidor. O preço do Diesel avançou para 8,89% ao produtor e, o da gasolina, subiu 1,36% ao consumidor. Os preços do trigo (de 1,69% para 4,90%), da farinha de trigo (de 2,68% para 6,25%) e dos pães e bolos industrializados (de 1,11% para 1,20%) também começaram a registrar aceleração no índice ao produtor”, afirma André Braz, Coordenador dos Índices de Preços.
- Veja também: FGV lança Índice de Variação de Aluguéis Residenciais (IVAR).
Variação % acumulada em 12 meses
Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA)
O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) subiu 2,07% em março, ante 2,36% em fevereiro. Na análise por estágios de processamento, a taxa do grupo Bens Finais variou 2,75% em março. No mês anterior, a taxa do grupo havia sido de 1,21%. A principal contribuição para este resultado partiu do subgrupo alimentos processados, cuja taxa passou de -0,08% para 2,49%, no mesmo período. O índice relativo a Bens Finais (ex), que exclui os subgrupos alimentos in natura e combustíveis para o consumo, variou 1,56% em março, ante 0,69% no mês anterior.
A taxa do grupo Bens Intermediários passou de 1,50% em fevereiro para 2,06% em março. O principal responsável por este movimento foi o subgrupo combustíveis e lubrificantes para a produção, cujo percentual passou de 5,40% para 8,02%. O índice de Bens Intermediários (ex), obtido após a exclusão do subgrupo combustíveis e lubrificantes para a produção, subiu 1,02% em março, após variar 0,85% em fevereiro.
O estágio das Matérias-Primas Brutas registrou alta de 1,53% em março, contra 4,16% em fevereiro. Contribuíram para o recuo da taxa do grupo os seguintes itens: minério de ferro (5,49% para -1,21%), milho em grão (7,92% para 2,48%) e café em grão (2,26% para -6,65%). Em sentido oposto, destacam-se os itens suínos (-11,06% para 10,05%), leite in natura (-0,65% para 3,30%) e arroz em casca (2,10% para 10,60%).
Índice de Preços ao Consumidor (IPC)
O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) variou 0,86% em março, ante 0,33% em fevereiro. Sete das oito classes de despesa componentes do índice registraram acréscimo em suas taxas de variação. A principal contribuição partiu do grupo Transportes (0,26% para 1,15%). Nesta classe de despesa, vale citar o comportamento do item gasolina, cuja taxa passou de -0,89% em fevereiro para 1,36% em março.
Também apresentaram acréscimo em suas taxas de variação os grupos Alimentação (1,08% para 1,73%), Habitação (0,13% para 0,75%), Educação, Leitura e Recreação (-0,10% para 0,44%), Vestuário (0,20% para 0,91%), Saúde e Cuidados Pessoais (0,05% para 0,17%) e Despesas Diversas (0,16% para 0,26%). Nestas classes de despesa, vale mencionar os seguintes itens: hortaliças e legumes (7,76% para 13,77%), tarifa de eletricidade residencial (-1,10% para 0,67%), passagem aérea (-7,43% para 1,73%), roupas (0,32% para 0,92%), medicamentos em geral (0,07% para 0,26%) e serviços bancários (0,10% para 0,20%).
Em contrapartida, o grupo Comunicação (0,38% para -0,12%) registrou decréscimo em sua taxa de variação. Nesta classe de despesa, o destaque partiu do item combo de telefonia, internet e TV por assinatura (0,59% para -0,10%).
Variação % mensal
Índice Nacional de Custo da Construção (INCC)
O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) variou 0,73% em março, ante 0,48% em fevereiro. Os três grupos componentes do INCC registraram as seguintes variações na passagem de fevereiro para março: Materiais e Equipamentos (0,56% para 0,29%), Serviços (1,69% para 0,79%) e Mão de Obra (0,19% para 1,12%).
O estudo completo está disponível no site.
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O que é o IGP-M?
O Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M) é divulgado mensalmente pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV IBRE). O indicador foi concebido no final dos anos de 1940 para ser uma medida abrangente do movimento de preços, que englobasse não apenas diferentes atividades como também etapas distintas do processo produtivo. Dessa forma, o IGP é um indicador mensal do nível de atividade econômica do país, englobando seus principais setores.
O IGP possui três versões com coleta de preços encadeada: o IGP-10 (com base nos preços apurados dos dias 11 do mês anterior ao dia 10 do mês da coleta), IGP-DI (de 1 a 30) e o mais popular deles, o Índice Geral de Preços – Mercado, ou simplesmente IGP-M, que apura informações sobre a variação de preços do dia 21 do mês anterior ao dia 20 do mês de coleta.
O IGP-M é utilizado amplamente na fórmula paramétrica de reajuste de tarifas públicas (energia e telefonia), em contratos de aluguéis e em contratos de prestação de serviços.
Calendário de divulgação 2022:- - Janeiro: 28/01/2022
- - Fevereiro: 25/02/2022
- - Março: 30/03/2022
- - Abril: 28/04/2022
- - Maio: 30/05/2022
- - Junho: 29/06/2022
- - Julho: 28/07/2022
- - Agosto: 30/08/2022
- - Setembro: 29/09/2022
- - Outubro: 28/10/2022
- - Novembro: 29/11/2022
- - Dezembro: 29/12/2022
Resultados anos anteriores:
- - IGP-M 2019 - Divulgações mensais
- - IGP-M 2020 - Divulgações mensais
- - IGP-M 2021 - Divulgações mensais
Como o IGP-M é calculado?
O cálculo do IGP-M, assim como os outros dois indicadores (IGP-10 e IGP-DI), tem em conta a variação de preços de bens e serviços, bem como de matérias-primas utilizadas na produção agrícola, industrial e construção civil. Dessa forma, o resultado do IGP-M é a média aritmética ponderada da inflação ao produtor (IPA), consumidor (IPC) e construção civil (INCC).
- - Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA);
- - Índice de Preços ao Consumidor (IPC);
- - Índice Nacional de Custo da Construção (INCC).
Os pesos de cada um dos índices componentes correspondem a parcelas da despesa interna bruta, calculadas com base nas Contas Nacionais – resultando na seguinte distribuição:
- - 60% para o IPA;
- - 30% para o IPC;
- - 10% para o INCC;
Nesse contexto, o IPA é o indicador que monitora a variação de preços percebidos por produtores, ao passo que o IPC acompanha o comportamento dos preços que impactam diretamente o consumidor final. Por fim, o INCC apresenta os custos para a construção civil, em uma análise que leva em conta a variação de preços de materiais de construção e custo de mão de obra especializada.
Como o IGP-M é utilizado?
O IGP-M é um dos índices componentes de fórmulas paramétricas utilizadas por empresas de telefonia e de energia elétrica, respondendo parcialmente pelos reajustes tarifários desses segmentos. O Índice Geral de Preços – Mercado também é utilizado como o indexador de contratos de empresas prestadoras de serviço de diversas categorias, como educação e planos de saúde. Além disso, o IGP-M se popularizou por ser amplamente utilizado como referência para o setor imobiliário, para o reajuste de contratos de aluguel.
Por seu histórico regular de divulgação desde a década de 1940, o IGP-M também é citado em vários contratos público-privados dos mais variados segmentos. Alguns de seus componentes, como o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), também servem de referência para reajustes de preços.
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