Almerinda Farias Gama: negritude e sindicalismo aliados à causa feminista 

Foi uma das primeiras mulheres negras a atuar na política do início do século XX. 
Ciências Sociais
08 Março 2022
Almerinda Farias Gama: negritude e sindicalismo aliados à causa feminista 

No ano de 1917 milhares de mulheres se reuniram na Rússia em prol de uma causa maior: lutar por direitos iguais. A reivindicação foi por melhores condições de trabalho e de vida, em um contexto de fome, tendo a Primeira Guerra Mundial como pano de fundo. Por este motivo, no dia 8 de março, comemora-se o Dia Internacional da Mulher, uma data que legitima a relevância feminina na sociedade e a luta por seus direitos.

Em homenagem ao Dia Internacional da Mulher, será iniciada em parceria com o FGV CPDOC, a Série Especial: Mulheres do Acervo. O objetivo é contar, um pouco, sobre a vida e atuação de Mulheres Notáveis da História do Brasil que integram o acervo do FGV CPDOC.

Almerinda Farias Gama

Advogada, jornalista, sindicalista, escrevente juramentada, tradutora, Almerinda Farias Gama (1899-1999) reuniu seus talentos em prol de uma causa maior. Integrou a Federação Brasileira pelo Progresso Feminino e lutou, junto de outras mulheres, pelo direito ao voto feminino no Brasil. Foi uma das primeiras mulheres negras a atuar na política do início do século XX. 

Fundou o Sindicato dos Datilógrafos e Taquígrafos do Distrito Federal e foi, como representante desse Sindicato, a única mulher a participar como delegada classista na Assembleia Nacional Constituinte, em 1933.  Atuou até a promulgação da Constituição, em outubro de 1934. 

No ano seguinte, candidatou-se para a Câmara Federal pela legenda "Decreto do Direito ao Trabalho, Congresso Master". Não foi eleita deputada, mas permaneceu na política enquanto presidente do Partido Socialista Proletário do Brasil até 1937 quando o Partido foi extinto com o golpe do Estado Novo (1937-1945). Colaborou em periódicos paraenses e cariocas e foi autora de "Zumbi" (1942) e "O dedo de Luciano" (1964). 

Em 1984, concedeu ao FGV CPDOC uma longa entrevista para o projeto Velhos Militantes, publicado em livro em 1988, pela Editora Zahar, com o mesmo título.  

Para assistir ao filme de Almerinda, acesse o link.

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