Delminda Aranha auxiliou as vítimas da Segunda Guerra Mundial
Casada com o diplomata Oswaldo Aranha e participante dos preparativos da Revolução de 1930, Delminda Benvinda Gudolle Aranha (1894-1969) codificou as resoluções tomadas durante as reuniões realizadas no Rio Grande do Sul e decifrou os telegramas recebidos.
Os documentos, que integram seu acervo pessoal, registram as atividades do Comitê de Auxílio às Famílias das Vítimas de Atentados do Eixo, compreendendo atas, correspondência, movimento contábil, formulários, fichas de náufragos e de controle de donativos. O Comitê, criado e presidido por Delminda Aranha, tinha como objetivo captar doações e distribuí-las aos dependentes dos combatentes que faleceram em razão do bombardeio de submarinos alemães e italianos a embarcações brasileiras, durante a Segunda Guerra Mundial.
O órgão era constituído por Delminda Aranha, Carmela Teles Leite Dutra, Maria da Glória Carvalho Guilhem, Berthe Grandmasson Salgado e Neusa Belo Moreira, além de contar com um conselho consultivo. O Comitê, que funcionava em uma sala no Palácio do Itamaraty, atuou em diversas frentes: divulgação e captação de doações, atendimento e auxílio aos familiares das vítimas, pesquisa e levantamento dos beneficiários, sindicância e comunicação com instituições e representantes políticos, e prestação de contas.
A documentação produzida pelo Comitê tem caráter administrativo, se relaciona ao dia a dia e às atribuições da entidade, e é formada, em sua maior parte, por fichas em que foram catalogadas as principais informações sobre as famílias de vítimas e os processos de auxílio, incluindo documentos comprobatórios, correspondências e formulários.
Para conhecer esses registros, acesse gratuitamente o Portal CPDOC.
Esta matéria faz parte da série especial Mulheres do Acervo iniciada no Dia Internacional da Mulher.
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