Economia

IGP-DI desacelera para 0,11% em janeiro de 2025

Queda nos preços de alimentos processados e commodities desacelerou o IPA.

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IGP-DI desacelera para 0,11% em janeiro de 2025

O Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) subiu 0,11% em janeiro. No mês de dezembro, a taxa havia sido de 0,87%. Com este resultado, o índice acumula alta de 7,27% em 12 meses. Em janeiro de 2024, o IGP-DI havia caído 0,27% e acumulava queda de 3,61% em 12 meses.

 

“A queda nos preços de commodities essenciais, como soja, minério de ferro e milho, contribuiu para a desaceleração da inflação ao produtor. No varejo, a inflação se manteve estável, refletindo a queda nos preços da energia e os aumentos nos grupos de alimentação e transportes. Já o INCC acelerou devido aos reajustes captados para a mão de obra", destacou André Braz, economista do FGV IBRE.


Qual o valor do IGP-DI acumulado em 12 meses?

O IGP-DI  acumula alta de 7,27% em 12 meses.

Mês de
referência
Evolução
Mensal
Acumulado
12 meses
jan/250,11%7,27%
dez/240,87%6,86%
nov/241,18%6,62%
out/241,54%5,91%
set/241,03%4,83%
ago/240,12%4,23%
jul/240,83%4,16%
jun/240,50%2,88%
mai/240,87%0,88%
abr/240,72%-2,32%
mar/24-0,30%-4,00%
fev/24-0,41%-4,04%
jan/24-0,27%-3,61%


O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) desacelera para 0,03% em janeiro

Em janeiro, o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) subiu 0,03%, porém registrando um recuo expressivo, quando comparada a taxa de 1,08% observada em dezembro. Analisando os diferentes estágios de processamento, percebe-se que o grupo de Bens Finais variou 0,04% em janeiro, registrando taxa inferior em relação ao mês anterior, quando subiu 0,79%. Seguindo o mesmo comportamento, o índice correspondente a Bens Finais (ex), que exclui os subgrupos de alimentos in natura e combustíveis para consumo, desacelerou de 0,85% em dezembro para 0,23% em janeiro. A taxa do grupo Bens Intermediários avançou para 1,22% em janeiro, superior à do mês anterior, quando registrou variou 0,92%. O índice de Bens Intermediários (ex) (excluindo o subgrupo de combustíveis e lubrificantes para a produção) subiu 1,33% em janeiro, patamar superior a alta de 0,70% em dezembro. O estágio das Matérias-Primas Brutas caiu 0,74% em janeiro, após registrar alta de 1,52% em dezembro.

 

IPC arrefece para 0,02% em janeiro

Em janeiro, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) registrou taxa de 0,02%, apresentando desaceleração em relação ao mês anterior, quando o índice subiu 0,31%. Entre as oito classes de despesa que compõem o índice, três apresentaram recuo nas suas taxas de variação: Habitação        (-0,46% para -2,43%), Despesas Diversas (0,53% para 0,26%) e Vestuário (0,33% para 0,22%). Em contrapartida, os grupos Transportes (0,33% para 0,83%), Saúde e Cuidados Pessoais (0,34% para 0,66%), Alimentação (1,14% para 1,22%), Comunicação (-0,01% para 0,01%) e Educação, Leitura e Recreação (0,17% para 0,18%) exibiram aumento em suas taxas de variação.

 

O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) sobe 0,83% em janeiro

Em janeiro, o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) registrou alta de 0,83%, valor superior à taxa de 0,50% observada em dezembro. Analisando os três grupos constituintes do INCC, observam-se movimentações distintas nas suas respectivas taxas de variação na transição de dezembro para janeiro: o grupo Materiais e Equipamentos recuou de 0,58% para 0,49%; o grupo Serviços inverteu seu comportamento, passando de -0,09% para 0,76%; e o grupo Mão de Obra intensificou a alta de 0,49% para 1,27%.

 

Núcleo de Inflação e Índice de Difusão do consumidor

O Núcleo do IPC registrou taxa de 0,48% em janeiro, 0,15 ponto percentual acima do resultado apurado no mês anterior, de 0,33%. Dos 85 itens componentes do IPC, 38 foram excluídos do cálculo do núcleo. Destes, 21 apresentaram taxas abaixo de 0,14%, linha de corte inferior, e 17 registraram variações acima de 0,89%, linha de corte superior. O Índice de Difusão, que mede a proporção de itens com taxa de variação positiva, ficou em 74,84%, 10,65 pontos percentuais acima do registrado em dezembro, quando o índice foi de 64,19%.

O estudo completo está disponível no site.

Acesse aqui o material complementar.

 



Calendário de Divulgação 2025

O calendário completo será divulgado em breve.

Confira todos os resultados do IGP-DI em 2025


Resultados de anos anteriores: 

 



O que é o IGP-DI?

O Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna (IGP-DI), calculado pelo Instituto Brasileiro de Economia (IBRE) da Fundação Getulio Vargas (FGV), é um indicador do movimento de preços que há mais de seis décadas serve às comunidades econômicas nacional e internacional como termômetro de inflação no Brasil. 


Para que serve?

O IGP-DI está estruturado para captar o movimento geral de preços através de pesquisa realizada nas áreas de cobertura de cada componente, durante o mês calendário, isto é, do primeiro ao último dia do mês de referência. Nessa pesquisa, cobre-se todo o processo produtivo, desde preços de matérias-primas agrícolas e industriais, passando pelos preços de produtos intermediários até os de bens e serviços finais. 


Como é utilizado?

Do ponto de vista da utilização, o propósito inicial do IGP era indicar as fases do ciclo econômico, deflacionando a antiga série de evolução dos negócios. Mais adiante, o IGP-DI teve seu papel de deflator estendido às Contas Nacionais. Com a introdução da correção monetária no Brasil, em 1964, intensificou-se a utilização desse índice em diferentes operações financeiras, especialmente reajustes contratuais.

Além de indicador econômico, o IGP-DI é usado como referência para correções de preços e valores contratuais. O IGP-DI também é diretamente empregado no cálculo do Produto Interno Bruto (PIB) e das contas nacionais em geral. É natural, portanto, que haja por parte dos usuários o interesse em conhecer, em profundidade, os aspectos relacionados à metodologia de cálculo deste índice.


Como é calculado?

Quando da inclusão do ICC no cálculo do IGP-DI, convencionou-se que os pesos de cada índice componente corresponderiam a parcelas da despesa interna bruta, calculadas com base nas Contas Nacionais. Daí resultou a seguinte distribuição: 60% para o IPA, 30% para o IPC e 10% para o ICC (INCC).

A escolha destes pesos tem a seguinte explicação:

  1. Os 60% representados pelo IPA-DI equivalem ao valor adicionado pela produção de bens agropecuários e industriais, nas transações comerciais em nível de produtor;
     
  2. Os 30% de participação do IPC-DI equivalem ao valor adicionado pelo setor varejista e pelos serviços de consumo;
     
  3. Quanto aos 10% complementares, representados pelo INCC-DI, equivalem ao valor adicionado pela indústria da construção civil.


Diferença entre IGP-DI, IGP-M e IGP-10

O IGP-DI é uma das denominações do IGP. O que muda entre o IGP-DI, o IGP-10 e o IGP-M (e suas prévias) é o período de apuração do índice.

  • IGP–M, pesquisado entre os dias 21 do mês anterior e 20 do mês de referência;
  • IGP–10, entre os dias 11 do mês anterior e 10 do mês de referência;
  • IGP–DI, entre o 1º e o último dia do mês de referência;