IGP-M sobe 0,31% em abril
O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) registrou uma variação de 0,31% em abril, demonstrando uma inversão em relação ao mês anterior, quando apresentou uma queda de 0,47%. Com esse resultado, o índice acumula queda de -0,60% no ano e de -3,04% nos últimos 12 meses. Em abril de 2023, o índice tinha registrado taxa de -0,95% no mês e acumulava queda de -2,17% em 12 meses anteriores.
“Vários produtos essenciais registraram movimentações significativas no último levantamento do índice ao produtor. Entre eles, destacam-se aumentos no preço do cacau, que saltou de 19,92% para 63,63%, e do café, que foi de 0,62% para 9,57%, além da soja, que passou de -0,47% para 5,66%. Por outro lado, o minério de ferro apresentou uma redução menos acentuada, caindo de -13,27% para -4,78%, o que também teve papel importante na aceleração da taxa do IPA. No índice ao consumidor, os alimentos in natura continuam sendo um dos maiores contribuintes, com destaque para o tomate, que variou de -0,36% para 16,19%, e o mamão, que aumentou de 3,17% para 25,55%. Na construção civil, o destaque fica para o grupo mão de obra, cuja taxa de variação subiu de 0,23% para 0,74%”. Essas observações foram detalhadas por André Braz, coordenador dos Índices de Preços, evidenciando os diversos fatores que impactaram a composição do índice neste período.
Qual o valor do IGP-M acumulado em 12 meses?
Com esse resultado, o índice acumula queda de -0,60% no ano e de -3,04% nos últimos 12 meses.
Mês de referência | Evolução Mensal | Acumulado 12 meses |
---|---|---|
abr/24 | 0,31% | -3,04% |
mar/24 | -0,47% | -4,26% |
fev/24 | -0,52% | -3,76% |
jan/24 | 0,07% | -3,32% |
dez/23 | 0,74% | -3,18% |
nov/23 | 0,59% | -3,46% |
out/23 | 0,50% | -4,57% |
set/23 | 0,37% | -5,97% |
ago/23 | -0,14% | -7,20% |
jul/23 | -0,72% | -7,72% |
jun/23 | -1,93% | -6,86% |
mai/23 | -1,84% | -4,47% |
abr/23 | -0,95% | -2,17% |
Variação% acumulada em 12 meses
Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA)
Em abril, o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) subiu 0,29%, uma inversão do comportamento observado em março, quando registrou queda de 0,77%. Analisando os diferentes estágios de processamento, percebe-se que o grupo de Bens Finais caiu 0,13% em abril, uma variação inferior a taxa de 0,03% registrada no mês anterior. Esse decréscimo foi impulsionado principalmente pelo subgrupo de alimentos in natura, cuja taxa recuou de 2,17% para -2,37% no mesmo intervalo. Além disso, o índice correspondente a Bens Finais (ex), que exclui os subgrupos de alimentos in natura e combustíveis para consumo, variou de -0,22% em março para 0,05% em abril.
A taxa do grupo Bens Intermediários subiu 0,72% em abril, intensificando a alta observada no mês anterior, quando registrou 0,22%. O principal fator que influenciou esse movimento foi o subgrupo de materiais e componentes para a manufatura, cuja taxa passou de 0,06% para 0,85%. O índice de Bens Intermediários (ex) (excluindo o subgrupo de combustíveis e lubrificantes para a produção) registrou alta de 0,63% em abril, após variar 0,16% observada em março.
O estágio das Matérias-Primas Brutas apresentou alta de 0,24% em abril, comportamento oposto ao de março, quando caiu 2,71%. A aceleração deste grupo foi principalmente influenciada por itens chave, tais como o minério de ferro, que suavizou a queda de -13,27% para -4,78%, a soja, cuja taxa alterou de -0,47% para 5,66%, e o café em grão, que acelerou de 0,62% para de 9,57%. Em contraste, alguns itens tiveram um comportamento oposto, entre os quais se destacam a laranja, que despencou de uma alta de 17,27% para 2,81%, o algodão em caroço que retrocedeu de uma alta de 7,23% para uma queda de -4,25% e a cana-de-açúcar, que recuou de 0,04% para -1,09%.
Índice de Preços ao Consumidor (IPC)
Em abril, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) registrou uma variação de 0,32%, avançando em relação à taxa de 0,29% observada em março. Entre as oito classes de despesa que compõem o índice, cinco delas exibiram aceleração em suas taxas de variação. O maior impacto veio do grupo Educação, Leitura e Recreação, cuja taxa de variação passou de -1,85% para -1,37%. Dentro desta classe de despesa, é importante destacar o subitem passagem aérea, que passou de -10,53% na medição anterior para -8,94% na atual.
Também apresentaram avanço em suas taxas de variação os grupos Alimentação (0,68% para 0,83%), Saúde e Cuidados Pessoais (0,42% para 0,63%), Habitação (0,47% para 0,54%) e Comunicação (-0,06% para 0,16%). Vale destacar o comportamento dos seguintes itens dentro dessas classes de despesa: hortaliças e legumes (-0,29% para 6,04%), medicamentos em geral (-0,01% para 2,48%), tarifa de eletricidade residencial (-0,52% para 0,92%) e tarifa de telefone móvel (-0,10% para 1,27%).
Em contrapartida, os grupos Transportes (0,64% para 0,24%), Despesas Diversas (0,81% para 0,18%) e Vestuário (0,13% para 0,05%) exibiram recuo em suas taxas de variação. Dentro destas classes de despesa, é importante destacar os itens: gasolina (1,50% para 0,30%), serviços bancários (1,45% para 0,20%) e serviços de confecção (0,00% para -2,37%).
Índice Nacional de Custo da Construção (INCC)
Em abril, o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) registrou uma alta de 0,41%, um valor ligeiramente superior à taxa de 0,24% observada em março. Analisando os três grupos constituintes do INCC, observam-se as seguintes variações na transição de março para abril: o grupo Materiais e Equipamentos apresentou um recuo, passando de 0,26% para 0,17%; o grupo Serviços teve uma elevação de 0,14% para 0,29%; e o grupo Mão de Obra registrou novo avanço, variando de 0,23% para 0,74%.
O estudo completo está disponível no site.
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Variação % mensal
Calendário de divulgação 2024:
- Janeiro: 30/01/2024
- Fevereiro: 27/02/2023
- Março: 29/03/2024
- Abril: 29/04/2024
- Maio: 29/05/2024
- Junho: 27/06/2024
- Julho: 30/07/2024
- Agosto: 29/08/2024
- Setembro: 27/09/2024
- Outubro: 30/10/2024
- Novembro: 28/11/2024
- Dezembro: 27/12/2024
Confira todos os resultados do IGP-M em 2024.
Resultados anos anteriores:
- IGP-M 2020 - Divulgações mensais
- IGP-M 2021 - Divulgações mensais
- IGP-M 2022 - Divulgações mensais
- IGP-M 2023 - Divulgações mensais
O que é o IGP-M?
O Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M) é divulgado mensalmente pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV IBRE). O indicador foi concebido no final dos anos de 1940 para ser uma medida abrangente do movimento de preços, que englobasse não apenas diferentes atividades como também etapas distintas do processo produtivo. Dessa forma, o IGP é um indicador mensal do nível de atividade econômica do país, englobando seus principais setores.
O IGP possui três versões com coleta de preços encadeada: o IGP-10 (com base nos preços apurados dos dias 11 do mês anterior ao dia 10 do mês da coleta), IGP-DI (de 1 a 30) e o mais popular deles, o Índice Geral de Preços – Mercado, ou simplesmente IGP-M, que apura informações sobre a variação de preços do dia 21 do mês anterior ao dia 20 do mês de coleta.
O IGP-M é utilizado amplamente na fórmula paramétrica de reajuste de tarifas públicas (energia e telefonia), em contratos de aluguéis e em contratos de prestação de serviços.
Como o IGP-M é calculado?
O cálculo do IGP-M, assim como os outros dois indicadores (IGP-10 e IGP-DI), tem em conta a variação de preços de bens e serviços, bem como de matérias-primas utilizadas na produção agrícola, industrial e construção civil. Dessa forma, o resultado do IGP-M é a média aritmética ponderada da inflação ao produtor (IPA), consumidor (IPC) e construção civil (INCC).
- Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA);
- Índice de Preços ao Consumidor (IPC);
- Índice Nacional de Custo da Construção (INCC).
Os pesos de cada um dos índices componentes correspondem a parcelas da despesa interna bruta, calculadas com base nas Contas Nacionais – resultando na seguinte distribuição:
- 60% para o IPA;
- 30% para o IPC;
- 10% para o INCC;
Nesse contexto, o IPA é o indicador que monitora a variação de preços percebidos por produtores, ao passo que o IPC acompanha o comportamento dos preços que impactam diretamente o consumidor final. Por fim, o INCC apresenta os custos para a construção civil, em uma análise que leva em conta a variação de preços de materiais de construção e custo de mão de obra especializada.
Como o IGP-M é utilizado?
O IGP-M é um dos índices componentes de fórmulas paramétricas utilizadas por empresas de telefonia e de energia elétrica, respondendo parcialmente pelos reajustes tarifários desses segmentos. O Índice Geral de Preços – Mercado também é utilizado como o indexador de contratos de empresas prestadoras de serviço de diversas categorias, como educação e planos de saúde. Além disso, o IGP-M se popularizou por ser amplamente utilizado como referência para o setor imobiliário, para o reajuste de contratos de aluguel.
Por seu histórico regular de divulgação desde a década de 1940, o IGP-M também é citado em vários contratos público-privados dos mais variados segmentos. Alguns de seus componentes, como o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), também servem de referência para reajustes de preços.
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